Grupo de Folia de Reis Império de Olaria - Versos do Palhaço Maritaca

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Projeto de Educação Patrimonial

A chegada ao Rio de Janeiro



Chegando ao Rio de Janeiro, os colonos não desembarcaram imediatamente, tendo recebido a bordo autoridades brasileiras, médicos e funcionários da alfândega. Um testemunho sobre a chegada do "Daphné" ressalta a acolhida calorosa feita pelo inspetor da colonização estrangeira - Monsenhor Miranda - que visitou pessoalmente o navio e enviou aos recém- chegados: pães, laranjas, bananas, vinho e aguardente. Somente os passageiros de maior influência tiveram a oportunidade de desembarcar e conhecer a Corte do Rio de Janeiro. Se a paisagem da Baía de Guanabara revelou-se de grande beleza para o colono Porcelet, o padre Joye considerou ruas e casas da cidade feias e mal contruídas.







A subida da serra até a Vila


Se a paisagem da Baía de Guanabara revelou-se de grande beleza para o colono Porcelet, o padre Joye considerou ruas e casas da cidade feias e mal construídas. A última etapa da viagem iniciaria-se no dia seguinte ao da chegada. Pequenos barcos à vela conduziram os colonos pelo interior da Baía, penetrando na Foz do Rio Macacu e atingindo Tamby (atual Itambi).

Em Tamby, foram montadas 60 barracas que acolheram, por 5 dias, os cansados viajantes; primeiro repouso em terra firme após meses de navegação.

O trajeto continuaria rio acima em direção à então denominada Vila de Macacu, próximo a Porto das Caixas. Nesta localidade, de apenas uma rua e poucas casas, se destacava um antigo prédio que abrigara uma missão jesuíta. Nele foi improvisado um hospital que atendeu a muitos suíços enfermos e registrou os 35 óbitos daqueles cuja resistência não foi suficiente para terminar a viagem. A partir desta vila, o comboio seguiu por via terrestre, sendo utilizadas carroças para transportar crianças, mulheres e bagagens. Os homens prosseguiram a pé ou a cavalo.

Pouco a pouco os suíços iam entrando em contato com a realidade brasileira. Alcançando a fazenda do Colégio observaram, admirados, um engenho de açúcar com grande número de escravos. O percurso continuava, conduzindo-os a Santana (atual Santana de Japuíba). Mais a frente, na fazenda do Coronel Ferreira, os carros de boi (com seu ruído característico) despertariam a atenção dos imigrantes, pois há muito não eram usados na Europa.

Após este trecho, iniciou-se a subida da serra, feita a cavalo ou a pé, onde se destacou a imensidão da paisagem e a exuberância da floresta tropical.

Enfim, depois desta etapa de 12 dias, considerada a mais tranqüila da viagem, terminava a longa jornada. Dos 2006 emigrantes que partiram da Suíça, 1631 chegaram a Nova Friburgo, sendo registrados, durante todo o percurso, 389 óbitos e 14 nascimentos.



Fonte: http://www.djoaovi.com.br/index.php?cmd=section:da_suica_ate_o_brasil

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